É eu estava certa. A principio #você me apoiou e até me surpreendeu com seus planos pra nós. Mas eu tinha medo, áleas eu tinha muito medo. Eu já havia passado por um experiência nada fácil, tinha medo de você me abandonar, de as coisas darem errado, de nos afastarmos ainda mais e principalmente de acontecer o pior com o bebê, eu não aguentaria essa dor de novo. Eu tive muitos receios, e isso me deixava insegura o tempo todo. E mesmo que você tivesse se mostrado bastante homem ao assumir a responsabilidade de pai, eu sentia que você não estava feliz. Eu não me sentia bem de falar disso com você, de falar do nosso filho (a), dos meus planos, meus medos. Eu guardava tudo pra mim. O tempo foi passando e as coisas não mudavam. Até aquela madrugada terrível, mais uma vez eu no pronto socorro, com suspeita de aborto espontâneo, meu Deus como eu sofri, como eu chorei, e eu vi nos seus olhos, na sua voz, que você havia acordado pra realidade e que mesmo sem querer demostrar você sentia tanto medo como eu. Foi a primeira vez que eu sentia qualquer tipo de afeto ou preocupação da sua parte, com aquela vidinha que fazia morada em mim. Foi uma noite difícil, mas Deus pôs a mão, e não passou de um susto. Seria preciso algumas semanas de cuidados especiais, mas o fato do meu bebê ter resistido e estar bem, era tudo que eu precisava saber, tudo que eu me importava naquele momento.
Nós não estávamos bem, e com o tempo o fim do namoro foi inevitável.
Foram dias difíceis, eu quis você perto de mim, quis seu apoio, quis sua companhia, e o máximo que eu recebia eram ligações pra saber o como estava a nossa menina. Sim, uma princesinhaa :) eu queria um menino, mas as suas orações foram mais fortes não é?! Eu ficava feliz em saber que ao menos com ela você se importava, mas eu queria mais. Eu queria você.
Nós conversamos, eu te procurei, te liguei, te mandei mensagens,mas a verdade é que você parecia estar bem com a sua nova vida de solteiro, e mesmo que estivéssemos juntos quase todos os fins de semanas em festinhas, o que era inevitável devido a tantos amigos em comum, ainda sim, eu sentia você cada vez mais distante. Foi então, quando em meio á uma madrugada repleta de provocações que me causaram bastante mágoas, eu resolvi desistir de você, desistir de nós. Fazia apenas um mês que estávamos separados, mas foi suficiente pra eu perceber que talvez um tempo fosse mesmo o melhor remédio naquele momento.
Era dificil resistir, mas eu não mais te procurei, e mesmo querendo ceder aos seus encantos, eu era o mais seca e objetiva possível nas ligações, eu precisava me afastar, e pra isso eu tive que me mostrar indiferente, coisa que tava longe de sentir por você. Não demorou muito pra você perceber que eu havia mudado contigo, e com isso talvez, perceber que podia me perder.
Eu sinceramente achava que era isso que você queria, que eu me mantivesse longe, mas quando eu já me sentia bem sem você, quando não mais chorava todas as noites, quando já não me importava tanto com o que, ou quem você ocupava seus dias, você resolveu se aproximar e mostrar que eu pensava errado.
Você foi se aproximando aos poucos, por mensagens (que eu não respondia), telefonemas que se tornavam cada vez mais frequentes, visitas inesperadas e um carinho e atenção que você nunca havia me dado. Eu ficava encantada por dentro, mas por fora continuava a mesma pessoa fria e indiferente dos últimos tempos. A verdade é que eu queria mesmo me jogar em seus braços, mas eu te conhecia bem, sabia que você gostava desse joguinho de sedução. Eu tinha medo de me entregar e você mais uma vez me deixar de lado, como um brinquedo usado, sem mais utilidade.